Depois de aplaudir de pé, a plateia senta, e aguarda novos números



Saber receber os elogios por conta de seu trabalho é primordial. Dizem os orientais, que isto é um sinal de evolução. No entanto, há de se ter sempre em mente, que os aplausos são agentes incentivadores da benfeitoria, e não uma zona de conforto, onde se instala moradia, e se usufrui das regalias do sucesso momentâneo.

Outro ponto que deve ser tocado, é que nem sempre seu bom resultado lhe trará os louros esperados, é comum sentir no ar a frase: “não fez mais que sua obrigação”, amplamente dita por pais e responsáveis na tenra carreira colegial.

Toda esta questão do reconhecimento, não se remete somente ao âmbito interno das corporações, ele se estende aos meandros dos trabalhos avaliados externamente também, e se bem administrado, pode gerar uma ótima relação entre cliente e fornecedor, de quaisquer setores.

É inerente ao ser humano a busca por seu lugar no universo, e o caminho da realização passa pela aprovação alheia, entretanto, é imperioso que a chave do: “mãe, olha só o que eu fiz”, seja virada, e acreditem, há pessoas com grande senioridade agindo assim por aí. Logicamente, quanto mais os anos passam, e a experiência profissional ganha consistência, menores são os sintomas da busca por aprovação. Creio que depois de certo patamar da carreira as pessoas chamem isto de vaidade.

Há aquela velha máxima que diz que devemos fazer o que amamos. Bom, isto é um grande passo para aniquilar a acomodação perante aos elogios. A pessoa que hoje não vive em um mar de rosas, profissionalmente falando, pode avaliar os resultados de seu trabalho através de muitos quesitos, quantitativos e qualitativos, ação que ajuda bastante a descravizar-se da espera por congratulações.

No caso de um trabalho ser aplaudido de pé pelos companheiros de empresa, superiores ou subordinados, continuar seguindo é fundamental. Vejo as palmas como um nivelador de um novo padrão de excelência, pois de outra forma, seriam o teto rebaixado que limitaria meu campo de ação.


        Por Gilberto Tortorella





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